Encontros "BRASÍLIA, CIDADE CRIATIVA"

Encontros "BRASÍLIA, CIDADE CRIATIVA"
*** Economia da cultura no Distrito Federal ***
Ciclo de debates e Saraus para aproximar pessoas que se beneficiam com o desenvolvimento cultural de centros urbanos e cidades - produtores culturais, gestores, artistas, realizadores de eventos, turismólogos, urbanistas, empreendedores, investidores em projetos e intelectuais que pesquisam cidades criativas.
Mediação: João Reis - produtor cultural, pesquisador, músico e mestre em Psicologia.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

CERRADO E PESSOAS


O cerrado e o planalto são enfrentados pela arquitetura e por tecnologias ainda novas. Enfrentados? Sim, o ser humano enfrenta mares, montanhas, desertos, pantanais, florestas tropicais e tantos outros desafios que a face da Terra (e suas entranhas) lhe impõe.
Essa foi a novidade que o Distrito Federal se propôs, enfrentar o planalto e o cerrado - e aqui chamamos o Distrito Federal de Brasília e seus bairros, como os Correios passaram a chamar neste ano. 

Criar uma cidade na amplidão do Planalto é diferente de criá-la cercada por montanhas. Então uns subprodutos desse enfrentamento é a dispersão das pessoas. É também o menor número de aglomerações humanas, a não ser que prédios fossem construídos próximos.  Nas superquadras, as aglomerações constantes são de carros, pouco de pessoas.

Mas o futuro chegou. E se pensarmos em cidades antigas que tenham a mesma população, veríamos que um fator para a qualidade de vida é o encontro e a gestão dessas aglomerações humanas. É preciso saber conviver pacificante na multidão e aproveitar, se for o caso.

No DF, os shoppings centers e os terminais rodoviários são os “nós da rede” em que há aglomeração, com as vantagens e desvantagens de tais pontos de encontro de pessoas.
Então, se não há muitos locais paralelos de encontro de multidões, os cidadãos não desenvolveram habilidades para tal convívio. E será preciso. E será prioritário, já que a cidade cresce.

Brasília já gerencia shows monumentais, não é disso que tratamos aqui. E sim do convívio diário de multidões que trafegam nos bairros e precisam de qualidade de vida. Sem repetir erros de cidades que já são centenárias.

Os líderes* devem pensar no assunto, bem como os moradores. Será exigido enfrentarmos o planalto central, sua seca, suas chuvas, sua geografia única. E do lado humano, será preciso enfrentar as oportunidades e ameaças da nova população que nasce e chega.

Organizações da sociedade civil já estão participando mais da forma como os bairros estão crescendo, prosperando. O Estado nunca atendeu sozinho as demandas de uma cidade. É preciso que as pessoas façam sua parte, inclusive obviamente cobrando do Estado melhor desempenho.
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* Utilizei o termo "líderes" para avançar e não ficar exigindo das famosas "autoridades políticas" ou do "governo" o que eles só fariam se os cidadãos cobrassem. "Líderes" são mais tangíveis e mais motivados e visionários.

Multidão na Esplanada em show